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sábado, 29 de janeiro de 2011

Geórgia Gomide (1937 – 2011)
By: Pipoca Moderna
Morreu a atriz Geórgia Gomide, aos 73 anos na madrugada deste sábado em São Paulo. Estava internada há alguns dias e morreu vítima de uma infecção generalizada. Ela enfrentava sérios problemas de visão, resultado de uma doença congênita, que a afastou definitivamente dos palcos e das telas por ter grande dificuldade para ler e andar sozinha.
A atriz, cujo nome verdadeiro era Elfriede Helene Gomide Witecy, começou sua carreira na TV Tupi, na década de 60. Muito bonita em sua juventude, ganhou o título de “A mais bela esportista” do Clube Pinheiros, de São Paulo, chamando a atenção de Fernando Severino, Diretor Comercial da Televisão Tupi que a contratou c
omo atriz.
Geórgia Gomide nos anos 70
Seus primeiros trabalhos foram adaptações de peças de teatro na televisão. Começou a carreira com “Os Filhos de Eduardo”, em que dizia apenas “Bom dia, como vai?”. Aos poucos, foi conquistando papéis importantes, inclusive o de uma pioneira professora h
omossexual no teleteatro “Calúnia” (1963), que registrou o primeiro beijo gay da TV brasileira, entre Geórgia e a atriz Vida Alves – algo que a Globo até hoje não teve coragem de encenar. Infelizmente, não sobrevivem registros desse feito. Na época, era tudo ao vivo, pois não existia o videotape.

A primeira novela foi “Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec”, em 1963. E o primeiro sucesso aconteceu com a novela “Teresa” (1965), mas não veio com elogios e sim porradas. Ela interpretava uma mulher tão má que chegou a apanhar de telespectadores na rua.



Na novela Estrelas no Chão, da TV Tupi

Em seguida, interpretou Ana Terra em “O Tempo e o Vento” (1967), na TV Excelsior, novela adaptada do livro de Érico Veríssimo, em que se tornou uma verdadeira heroína de ação, uma “bugra”, que se vestia de farrapos e tinha sempre um rifle às costas.

Entre suas novelas de sucesso na Tupi, destacam-se “Estrelas no Chão” (1967), “A Fábrica” (1971), “Ovelha Negra” (1975), “Éramos Seis” (1977), com o qual ganhou vários prêmios, “Aritana” (1978) e “Gaivotas” (1979).

Geórgia Gomide nos anos 70


Na Rede Globo, participou, entre vários trabalhos, de “Vereda Tropical” (1984), onde ficou famosa como Dona Bina, seu papel mais popular entre todas as novelas que realizou, “Hipertensão” (1986), “Quatro por Quatro” (1994), “Uga Uga” (2000) e ainda apareceu no “Você Decide” (1998) e nas séries “Anos Rebeldes” (1992), “O Quinto dos Infernos” (2002) e “Malhação” (2005).
Fez também o remake de “Direito de Nascer” (2001) no SBT e algumas novelas na Record, como “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970), “Louca Paixão” (1999) e “Tiro e Queda” (1999).

Ao lado de José Mojica Marins, em Exorcismo Negro

No cinema, sua carreira foi marcada por uma mistura heterodoxa de gêneros, trabalhando com Zé do Caixão, Os Trapalhões e em filmes eróticos – fez duas pornochanchadas com a palavra sexo em destaque: “O Sexo Mora ao Lado” (1975) e “Sexo, Sua Única Arma” (1981)

Sua estreia cinematográfica foi em “Noites Quentes de Copacabana” (1963), do alemão Horst Hächler. Entre outros filmes, participou também da aventura cangaceira “Corisco, o Diabo Loiro” (1969), de Carlos Coimbra, “A Super Fêmea” (1973), de Anibal Massaini Neto, “O Exorcismo Negro” (1974), de José Mojica Marins (Zé do Caixão) e “Os Trapalhões na Terra dos Monstros” (1989), de Flávio Migliaccio.

Geórgia Gomide nos anos 90

No ano passado, ela encenou a peça “Perto do Fogo” nos teatros paulistas, seu último trabalho como atriz.





Fonte: Pipoca Moderna

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